A síndrome
metabólica (SM) é um conjunto de doenças que têm em comum a resistência
insulínica (*) e que aumentam os riscos de doenças cardiovasculares, vasculares
periféricas e diabetes. Ela é associada à obesidade como resultado da má
alimentação e falta de exercício físico.
“É caracterizada pela alteração metabólica glicídica, obesidade,
hipertensão e dislipidemia (**).Estas alterações metabólicas
inter-relacionam-se com diversos eixos endócrinos controlados pelo hipotálamo e
pela hipófise. A obesidade central parece relacionar-se a uma hiperativação do
eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, como também do sistema nervoso simpático, que
poderia levar a um quadro de hipercortisolismo sub-clínico e hipertensão
arterial. A SM é também um estado de hipo-somatotropismo relativo relacionado à
gordura visceral. Além disso, níveis elevados de ácidos graxos livres e a
hiperinsulinemia, secundários à resistência insulínica, estão relacionadas a um
bloqueio do eixo somatotrófico. Em homens, a SM relaciona-se a um hipogonadismo
tanto por diminuição de gonadotrofinas como por inibição direta da produção de
testosterona. Já nas mulheres, existe um excesso de produção de androgênios,
principalmente relacionado à hiperinsulinemia, aumento da atividade da
aromatase e da liberação de LH. Desta forma, a SM é um estado relacionado a
importantes modificações nos mecanismos de feedback responsáveis
pelo correto funcionamento dos eixos neuroendócrinos.” ( trecho retirado do
artigo: Aspectos neuroendócrinos da síndrome metabólica, link se encontra na
bibliografia )
Recentemente, um hormônio chamado leptina também foi associado às
disfunções hormonais da síndrome metabólica. A leptina é um importante
marcador da quantidade de tecido adiposo, atua principalmente no controle da
ingestão alimentar, e a grande parte de casos de obesidade esta relacionado à
hiperleptinemia, o que denota o aumento do conteúdo total de gordura corporal,
como também, provavelmente, uma resistência à leptina.
*a insulina é um hormônio que além de controlar a retirada de glicose no
sangue ela também participa de outras reações no corpo incluindo o metabolismo
das gorduras
** Dislipidemia é o aumento dos níveis de lipídios ou lipoproteínas no
sangue.
Para seu diagnostico é necessária a presença de três dos fatores de
risco listados abaixo:
· -Hipertensão arterial;
· - Níveis altos de
colesterol (LDL) e baixos do colesterol (HDL);
· -Aumento dos níveis de
triglicérides;
· -Obesidade,
especialmente obesidade central ou periférica que deixa o corpo com o formato de
maçã e está associada à presença de gordura visceral;
· -Ácido úrico elevado;
· -Microalbuminúria, isto
é, eliminação de proteína pela urina;
· -Fatores
pró-trombóticos que favorecem a coagulação do sangue;
· -Processos
inflamatórios (a inflamação da camada interna dos vasos sanguíneos favorece a
instalação de doenças cardiovasculares);
· -Resistência à insulina
por causas genéticas.
Tratamento
O tratamento neste caso é tratar a obesidade porque ela costuma
precipitar a síndrome. Então é necessário manter uma alimentação saudável, rica
em fibras que proporcionam a saciedade, e a pratica de atividades físicas.
Bibliografia:
Livro: Nutrição moderna na saúde
e na doença, Maurice E. Shils. Editora manole,décima edição
Postado por Larissa Berber
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