terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Síndrome Metabólica





A síndrome metabólica (SM) é um conjunto de doenças que têm em comum a resistência insulínica (*) e que aumentam os riscos de doenças cardiovasculares, vasculares periféricas e diabetes. Ela é associada à obesidade como resultado da má alimentação e falta de exercício físico.
“É caracterizada pela alteração metabólica glicídica, obesidade, hipertensão e dislipidemia (**).Estas alterações metabólicas inter-relacionam-se com diversos eixos endócrinos controlados pelo hipotálamo e pela hipófise. A obesidade central parece relacionar-se a uma hiperativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, como também do sistema nervoso simpático, que poderia levar a um quadro de hipercortisolismo sub-clínico e hipertensão arterial. A SM é também um estado de hipo-somatotropismo relativo relacionado à gordura visceral. Além disso, níveis elevados de ácidos graxos livres e a hiperinsulinemia, secundários à resistência insulínica, estão relacionadas a um bloqueio do eixo somatotrófico. Em homens, a SM relaciona-se a um hipogonadismo tanto por diminuição de gonadotrofinas como por inibição direta da produção de testosterona. Já nas mulheres, existe um excesso de produção de androgênios, principalmente relacionado à hiperinsulinemia, aumento da atividade da aromatase e da liberação de LH. Desta forma, a SM é um estado relacionado a importantes modificações nos mecanismos de feedback responsáveis pelo correto funcionamento dos eixos neuroendócrinos.” ( trecho retirado do artigo: Aspectos neuroendócrinos da síndrome metabólica, link se encontra na bibliografia )
Recentemente, um hormônio chamado leptina também foi associado às disfunções hormonais da síndrome metabólica.  A leptina é um importante marcador da quantidade de tecido adiposo, atua principalmente no controle da ingestão alimentar, e a grande parte de casos de obesidade esta relacionado à hiperleptinemia, o que denota o aumento do conteúdo total de gordura corporal, como também, provavelmente, uma resistência à leptina.
*a insulina é um hormônio que além de controlar a retirada de glicose no sangue ela também participa de outras reações no corpo incluindo o metabolismo das gorduras
** Dislipidemia é o aumento dos níveis de lipídios ou lipoproteínas no sangue.

Para seu diagnostico é necessária a presença de três dos fatores de risco listados abaixo:
·         -Hipertensão arterial;
·        - Níveis altos de colesterol (LDL) e baixos do colesterol (HDL);
·         -Aumento dos níveis de triglicérides;
·        -Obesidade, especialmente obesidade central ou periférica que deixa o corpo com o formato de maçã e está associada à presença de gordura visceral;
·         -Ácido úrico elevado;
·         -Microalbuminúria, isto é, eliminação de proteína pela urina;
·         -Fatores pró-trombóticos que favorecem a coagulação do sangue;
·         -Processos inflamatórios (a inflamação da camada interna dos vasos sanguíneos favorece a instalação de doenças cardiovasculares);
·         -Resistência à insulina por causas genéticas.

Tratamento
O tratamento neste caso é tratar a obesidade porque ela costuma precipitar a síndrome. Então é necessário manter uma alimentação saudável, rica em fibras que proporcionam a saciedade, e a pratica de atividades físicas.



Bibliografia:
Livro: Nutrição moderna na saúde e na doença, Maurice E. Shils. Editora manole,décima edição

 Postado por Larissa Berber

Nenhum comentário:

Postar um comentário