A
obesidade aumenta o risco do desenvolvimento da diabetes mellitus tipo 2 e de
doenças cardiovasculares, que são as maiores causas de morte.
Nem sempre apenas exercícios físicos
e boas condições de vida são suficientes para a melhora do paciente. Às vezes é
recomendada a adição de tratamento farmacológico junto à dieta e o exercício.
A Liraglutida, um análogo da
hormônio “glucagon-like peptide-1” (GLP-1), é usada constantemente no
tratamento da diabetes tipo 2, após demonstrar melhoras no controle da glicemia
e na perda de peso. A Liraglutida também melhora os fatores de risco ligados à
obesidade, redução da circunferência abdominal, pressão sanguínea e sintomas
pré-diabéticos.
O GLP-1 reduz as contrações do
intestino quando o bolo alimentar chega ao íleo, fazendo com que haja um tempo
maior para a absorção de nutrientes e proporcionando uma sensação de saciedade
para o paciente.
Os testes com a Liraglutida
comprovam que o remédio tem maior eficiência que os anorexígenos, supressores
de apetite e principais fármacos utilizados como emagrecedores.
Os efeitos colaterais mais
frequentes com o uso da Liraglutida foram náuseas, dores de cabeça, aumento da
pressão sanguínea e desconfortos gastrointestinais.
Nos estudos feitos com humanos, a
Liraglutida foi responsável também pela redução do número de pré-diabéticos,
onde a maioria dos pacientes tratados com esse medicamento conseguiu alcançar
as taxas normais de tolerância à glicose. Outros dos benefícios notados com
esse teste foram o aumento do HDL e a redução do LDL, triacilgliceróis e dos
valores de hemoglobina glicosada (hemoglobina acoplada em moléculas de
glicose). Houve também um aumento da adiponectina, hormônio que auxilia na
eliminação de eventos metabólicos que podem causar doenças como diabetes tipo 2
e obesidade.
Por outro lado, houve uma diminuição
de fibrinogênio, o que pode ser grave, pois essa é uma glicoproteína utilizada
na coagulação sanguínea.
Como conclusão, os resultados desse
estudo indicam a habilidade da Liraglutida, com dieta e exercício, promovendo
uma contínua perda de peso durante os dois anos de estudo e melhoras em muitos
dos fatores metabólicos e cardiovasculares de risco relacionados à obesidade. Contanto,
será necessária a confirmação desses resultados em estudos com adultos obesos,
em termos de eficácia, segurança e tolerabilidade.
Bibliografia:
http://www.nature.com/ijo/journal/v36/n6/pdf/ijo2011158a.pdf
POSTADO POR: PAULA LAFETÁ
Nenhum comentário:
Postar um comentário