A obesidade
foi primeiramente reconhecida como uma condição de inflamação crônica de baixo
grau no inicio da década de 1990, quando foi constatado o aumento da expressão do
gene que codifica para a citocina pró-inflamatória, denominada fator de necrose
tumoral-alfa, no tecido adiposo e a redução da sensibilidade à insulina em
redores submetidos a um protocolo de obesidade induzida pela dieta. Foi
demonstrado que as citocinas originadas na gordura interferem diretamente com a
sinalização da insulina.
Outras
pesquisas mostram que a obesidade está diretamente relacionada à alterações nas
funções endócrinas e metabólicas do tecido adiposo.
A
resposta inflamatória promove, por um lado, o aumento da síntese de diversas
adipocinas com ação pró-inflamatória e, por outro, a redução da concentração
plasmática de adiponectina, que apresenta ação anti-inflamatória. A redução da
gordura corporal resulta em aumento da concentração plasmática de adiponectina,
em redução da resposta inflamatória e, como consequência, em diminuição da resistência
periférica à ação da insulina.
O
tecido adiposo é um tecido heterogêneo composto por adipócitos maduros e por
células da fração estromal-vascular. Essa fração inclui pré-adipócitos,
fibroblastos, células endoteliais, histiócitos e macrófagos (no que diz
respeito à obesidade, verifica-se um amento no tecido adiposo, e são responsáveis
pela produção de uma variedade de proteínas pós-inflamatórias).
O processo inflamatório estimula a
diferenciação de adipócitos, o que favorece o aumento da liberação de ácidos
graxos não estratificados a partir dessas células para a circulação sanguínea.
Ácidos graxos não estratificados inibem o IRS-1 (substrato-1 do receptor de
insulina) e, consequentemente, induzem a resistência periférica à insulina no
músculo esquelético e no fígado.
Bibliografia:
http://www.scielo.br/pdf/abem/v53n5/17.pdf
Postado por: Paula Lafetá
Postado por: Paula Lafetá
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