quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Interferências que a obesidade pode causar no metabolismo




A obesidade, não está apenas relacionada à hereditariedade como já foi visto, uma das outras causas são os fatores ambientais. A facilidade com que alimentos de altas fontes calóricas são disponibilizados, podem ser relacionados a essa doença, que vem sendo considerada a doença do século. Lanches rápidos, tamanho de porções, sedentarismo, a fonte energética, enfim, os hábitos alimentares e a falta de atividades físicas têm forte influencia nas causas da obesidade. Hoje em dia, as dietas são ricas em gorduras, açucares e em uma grande densidade energética.

A obesidade pode interferir no metabolismo aumentando a glicose, triglicerídeos, aumentando a pressão arterial, acumulando gordura no fígado e outros fatores que põem em risco o bem estar físico e psicológico.

Na maior parte dos casos, os obesos pouco se dispõem a mudança nos hábitos alimentares, e isso faz crescer o contingente de pessoas que optam por remédios “emagrecedores” ao invés de uma dieta apropriada. Esses remédios interferem no metabolismo dos obesos. Como já relatado em posts anteriores, o IMC é indicado para calcular o índice de massa corporal, e em uma taxa acima de 25, o individuo encontra-se acima do peso. Esses fármacos são recomendados para as pessoas que:

1. Possuem IMC maior que 30 kg/m² .
2. Possuem IMC maior que 27 kg/m²  e apresentem diabetes, hipertensão ou colesterol elevado.
3. Possuem IMC maior que 25 kg/m² que apresentem circunferência abdominal maior que 102 cm nos homens ou 88 cm nas mulheres.


As doenças relacionadas com excesso de peso podem ser classificadas em duas categorias.
A primeira categoria é risco que resulta de alterações metabólicas relacionadas ao excesso de gordura, incluindo: diabetes tipo 2, litíase biliar, hipertensão, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
A segunda categoria vem do risco do aumento da massa de peso em si, incluindo: osteoartrite, apnéia do sono e o estigma sócio-psicológico da obesidade.

Entre tantos remédios, há os que agem tanto  no SNC (sistema nervoso central) quanto no trato gastrointestinal. É importante ressaltar que de nada adianta a ingestão de remédios se não relacioná-los a uma dieta apropriada.

Se o Gasto Energético Total for menor que o Valor energético total ingerido há ganho de peso. (GET< VET = ganho de peso). Ou seja, se você ingere mais calorias do que gasta, não existe tratamento que o faça emagrecer.  Não existe remédio milagroso e não existe perda de peso sem esforço.

Um dos medicamentos que vem sendo mais consumidos é o ORLISTAT (ou xenical)
O orlistat possui a propriedade de impedir a atuação das lípases do tubo intestinal e assim diminui a absorção de gorduras.

RELEMBRANDO: a lipase pancreática tem função de degradar os triacilgliceróis para serem absorvidos, e o orlistat impede essa ação.

O orlistat não é considerado um supressor da fome, pois atua de modo diferente, atingindo as enzimas pancreáticas e gástricas responsáveis pela digestão da gordura.  Ele reduz a quantidade de gordura absorvida no intestino e reduz o LDL (colesterol ruim). Deste modo, os lipídeos são eliminados nas fezes.

Por outro lado, este fármaco diminui a absorção de algumas vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e beta-caroteno. E como as gorduras não são absorvidas, outra reação é a diarreia. Além disso, pacientes que ingerem mais doces e massas não são tão beneficiados, uma vez que este medicamento impede a absorção de gorduras.

Um outro remédio que vem sendo cada vez mais utilizado é a FLUOXETINA
A fluoxetina é um antidepressivo que pode ajudar a emagrecer, pois este é um dos seus efeitos colaterais e não o objetivo principal. Apesar de não atuar no centro de controle da fome, a fluoxetina, que serve para tratar a ansiedade e a depressão é capaz de levar ao emagrecimento por ajudar a controlar a ANSIEDADE, que  muitas vezes é o que leva o indivíduo a comer exageradamente mesmo sem fome. Esse medicamento atua na recepção da serotonina, uma substância importante no controle do humor e na sensação de bem estar, fazendo com que o paciente mostre-se mais satisfeito com a sua própria imagem e menos ansioso.


Efeitos colaterais da fluoxetina
Outros efeitos colaterais da fluoxetina são:
  • boca seca; insônia, confusão mental, sangramento vaginal fora do período menstrual, sonolência, fadiga, inibição do apetite, tremores, irritabilidade, enjôo, diarréia.

Referência Bibliográfica:

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