A obesidade
tem sido estudada relacionando-se fatores ambientais, pscicológicos e
genéticos. Os adolescentes, especialmente do
sexo feminino, são considerados grupos de risco para o desenvolvimento de
transtornos alimentares. Um
estudo realizado pelo National Health and Nutrition Examination Survey mostrou
que 22% da população norte-americana adulta é obesa, definida por índice de
massa corpórea (IMC = peso/quadrado da altura) superior a 27,8 para homens e
27,3 para mulheres. A incidência de obesidade dobrou nos últimos 30 anos. Nos
EUA, 15% a 25% das crianças e adolescentes são obesas.
Nos últimos dez anos tem
havido aumento de 50% nessas cifras. Na Inglaterra, a proporção de obesos
duplicou entre 1980 e 1991. Se avaliarmos dados de prevalência de obesidade na
América Latina, verificamos que, conforme ela aumenta, aumentam as mortes por
doença cardiovascular e câncer.
No Brasil, nas duas ultimas décadas, um estudo de Sichieri e col.,
utilizando IMC>30 para definir obesidade, encontrou 4,8% de obesidade em
homens e 11,7% em mulheres brasileiras.
Têm se atribuído ao sedentarismo e à mudança de hábitos alimentares, com
a introdução de alimentos hipercalóricos, ricos em lipídeos e carboidratos, nos
cardápios diários, a causa básica da obesidade. É possível que a vontade de
comer e de se exercitar seja determinada por genes específicos. A etiologia da obesidade
é complexa e resulta da interação entre genes, ambiente e estilo de vida, mas
lembremos que um ambiente com comida em grandes quantidades não implica,
necessariamente, que se deva comer, aumentando assim, a ingestão calórica.
Mas com tantos casos de obesidade relatados, enquadra-se o fator genético condicionado a "vontade de comer"? ou simplesmente isso pode ser condicionado a fatores ambientais? Por que algumas pessoas não conseguem ficar paradas, enquanto outras detestam atividades que impliquem movimento físico? Será que esse fato também pode ser explicado por genes?
Mas com tantos casos de obesidade relatados, enquadra-se o fator genético condicionado a "vontade de comer"? ou simplesmente isso pode ser condicionado a fatores ambientais? Por que algumas pessoas não conseguem ficar paradas, enquanto outras detestam atividades que impliquem movimento físico? Será que esse fato também pode ser explicado por genes?
A Tabela a seguir resume os principais fatores
contribuintes ao desenvolvimento da obesidade:
A importância da genética fica latente quando verificamos que nossa
vontade de comer e de se exercitar tem uma base genética e tende a
manifestar-se seja qual for o ambiente em que vivemos, desde que tenhamos
acesso ao alimento. Por outro lado, se convivemos com familiares que ingerem
quantidades excessivas de alimento, poderemos incorporar este hábito, pela
simples imitação e nos tornarmos obesos?
Estudos têm sido feitos com gêmeos quando separados (adotados por
famílias diferentes, por exemplo). Stunkard e col. realizaram um estudo na
Dinamarca, onde as crianças adotadas puderam ser comparadas com seus pais
biológicos e com seus pais adotivos. Foram obtidas informações sobre 3.580
adotados, utilizando-se como critério o IMC e a população foi dividida em quatro
classes, tomando-se toda a faixa de adiposidade. Houve uma relação clara entre
a classe de peso dos adotados e a de seus pais biológicos, não havendo relação
aparente entre as crianças adotadas e seus pais adotivos, sugerindo fortemente
que influências genéticas são determinantes importantes da adiposidade e que as
influências ambientais têm pouco ou nenhum efeito. É importante ressaltar que
as influências genéticas observadas nesse estudo não são apenas confinadas ao
grupo obeso, mas se estendem a toda a faixa de adiposidade, desde os muito
magros até os muito gordos.
Borjeson, na Suécia, estudando mais de 5.000 pares de gêmeos, destacou que os
fatores genéticos desempenham um papel decisivo na origem da obesidade.
Ambos os estudos concluem que é altamente provável uma herança
poligênica na determinação da obesidade. Dessa forma, o risco de obesidade
quando nenhum dos pais é obeso é de 9%, enquanto que quando um dos genitores é
obeso sobe a 50% e atinge 80% quando ambos são obesos.
No entanto, um aspecto que deve ser lembrado e é muito bem enfatizado é que o fato de termos forte influência genética na obesidade não indica que a mesma seja inevitável e todos os esforços devem ser postos em prática para tentarmos adequar o peso dessas crianças e realizarmos, assim, um importante trabalho preventivo.
No entanto, um aspecto que deve ser lembrado e é muito bem enfatizado é que o fato de termos forte influência genética na obesidade não indica que a mesma seja inevitável e todos os esforços devem ser postos em prática para tentarmos adequar o peso dessas crianças e realizarmos, assim, um importante trabalho preventivo.
Referências bibliográficas:
imagem retirada
em:
Postado por: Caroline M. Lopes
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