terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Quilomicrons



Os quilomicrons (QM)  são lipoproteínas formadas nas células do epitélio intestinal a partir das gorduras da dieta e secretadas na linfa mesentérica através da qual alcançam a circulação sanguínea. Os quilomicrons contêm praticamente todas as classes conhecidas de apolipoproteínas (apoA, apo B48, apo C e apo E). 

Como já foi visto não só os lipídeos da dieta como também aqueles sintetizados pelo fígado devem ser  transportados pelo sangue para diversos tecidos  para serem utilizados ou armazenados. No entanto sabemos também que os lipídeos são hidrossolúveis e por isso precisam estar associados a alguma molécula que os façam ser transportados pelo sangue, isso é, formam um complexo solúvel. A essas moléculas dá-se o nome de lipoproteínas.


Os quilomicrons são um tipo de lipoproteínas. Seu centro hidrofóbico é composto por triacilglicerois  e ésteres-de-colesterol. Os fosfolipídeos e o colesterol são encontrados na superfície da molécula em virtude de seu caráter polar. As apolipoproteinas permitem a interação com o meio aquoso e entre a lipoproteína e tecidos específicos.


As lipoproteínas se diferem devido a sua composição, gerando diferentes densidades. A função de cada uma delas depende de seu local de síntese e de sua composição lipídica e de apolipoproteina presente.
Os quilomicrons são formados nas células do epitélio do intestino, a partir de colesterol , triacilglicerois e  apolipoproteinas especificas. O destino final dos quilomicrons é o sistema circulatório. Os capilares do tecido adiposo e dos músculos uma lipoproteína lipase (LPL) que remove os ácidos graxos dos triacilglicerois do quilomicron. Esta enzima é ativada pela apolipoproteina C-II dos quilomicrons.  Estes ácidos graxos podem ser fonte de energia ou de estoque em alguns tecidos. A perda da apo C-II impede que a LPL degrade os quilomicrons remanescentes. Esse tipo de quilomicrons ainda possue colesterol e são destinados ao fígado. O excesso de gordura na alimentação leva a conversão de triacilglicerois no fígado e se associarão as VLDLs, do inglês  (very low density lipoprotein), que serão liberadas na circulação e levarão triacilglicerois para outros tecidos, principalmente músculos e tecido adiposo, e poderão ser utilizados ou estocados. A ação da VLDL juntamente a perda da apo C-II converte VLDL em uma lipoproteína de densidade média (IDL) ou simplesmente VLDL remanescente, que será destinado ao fígado. 

A remoção de um triacilglicerol de um IDL provoca a conversão em LDL (low density lipoprotein).
As LDL, também conhecidas por colesterol ruim, são responsáveis pelo transporte de colesterol para suprir a necessidade de tecidos extra-hepáticos. Esta classe tem a apolipoproteina B-100, que é internalizada por células de diferentes tecidos através de um receptor especifico (receptor de LDL), por endocitose. Outra grande parte de LDL é endocitada pelo fígado também.

O fígado e o intestino delgado sintetizam as lipoproteínas hidrossolúveis, as HDLs(high density lipoprotein), conhecidas como “bom colesterol”. Elas são incialmente pobres em colesterol e não possuem ésteres de colesterol.  Fazem o transporte reverso de colesterol, que previne o acúmulo de lipídeos nas paredes das artérias, prevenindo a incidência de doenças coronárias. Esse transporte consiste em capturar o colesterol e ésteres de colesterol dos tecidos periféricos e extra-hepáticos e leva-los para o fígado.


Referências Bibliográficas:
http://www.fisiologia.kit.net/bioquimica/lipidios/1,5.htm


Postado por: Caroline M. Lopes

2 comentários:

  1. Correção: "No entanto, sabemos também que os lipídeos NÃO são hidrossolúveis..."

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  2. Só falta arrumar ali, os lipídeos não são hidrossolúveis.

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